Vista aérea do Conjunto Santo Eduardo em Maceió, no início da década de 1980.

A sua construção foi iniciada em 15 de agosto de 1972, com término previsto para 15 de maio de 1973, mas as obras foram paralisadas no início de 1973 e o que estava construído ficou abandonado por seis anos.
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Orçado inicialmente em Cr$ 3,5 milhões, o projeto previa a construção de 1.058 imóveis, divididos em 588 apartamentos e 470 casas.
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A paralisação da construção se deu após uma auditoria do BNH, que encontrou na Cohab-AL atos lesivos à empresa, apropriação indébita de dinheiro, prática de fraudes na administração da sociedade de ações e em estelionato, além de improbidades no trato dos interesses da Companhia Popular de Habitação de Alagoas.
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Somente em agosto de 1975 foi que o Governo de Alagoas conseguiu um financiamento de Cr$ 15 milhões para recuperação do Conjunto Habitacional Santo Eduardo e sua conclusão. Nessa época, o conjunto tinha sido invadido pelos flagelados das cheias que atingiram a capital.
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O Edital nº 01/75, abrindo concorrência para a conclusão das 1.058 unidades residenciais, foi lançado em 26 de dezembro de 1975.
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O Conjunto somente foi entregue no dia 12 de agosto de 1978, após nova renegociação da dívida com o BNH. Quem optou por uma casa, pagava uma prestação de Cr$ 500,00. Nos apartamentos, a mensalidade era de Cr$ 600,00.
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O diretor administrativo do BNH, Hélio Edward de Salles Lopes, que esteve em Maceió para a inauguração do conjunto e para receber o título de cidadão alagoano, fez declarações que repercutiram nacionalmente.
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Perguntado por um repórter sobre a população não beneficiada pelos planos habitacionais do BNH por ganhar menos que três salários mínimos, o ministro os mandou morarem em marquises, debaixo de pontes ou em favelas, “porque nunca ninguém morreu por isso”.
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