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Maceió,27/07/2024

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Empreendedorismo afetivo: conheça a história de mãe e filho que apostam na emoção para atrair clientes em Maceió

g1.globo.com
Empreendedorismo afetivo: conheça a história de mãe e filho que apostam na emoção para atrair clientes em Maceió Reprodução
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Joelma Toledo e Allan Calheiros fundaram uma marca de produtos autorais, criando uma conexão emocional com seus clientes através do marketing de experiência. Joelma Toledo e Allan Claheiros são mãe e filho e empreendem juntos
Arquivo pessoal
Uma marca genuinamente alagoana, criada por mãe e filho, tem crescido no mercado de itens presenteáveis a partir de uma relação estreita com seus consumidores, que se conectam através do empreendedorismo afetivo, onde o consumidor deixa de ser um simples cliente e cria uma identidade com os produtos.

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O segredo? Transformar a relação de consumo em venda de experiências sensoriais e afetivas.
Em entrevista ao g1, Joelma Toledo, 55 anos, e o filho Allan, Calheiros, 24 anos, contaram que a parceria entre eles é recente. Até se encontrarem profissionalmente, cada um percorreu caminhos diferentes, tentando empreender em ramos diversos, mas sem sucesso. Até que se acharam no nicho das lembrancinhas autorais.
Formado em design gráfico, Allan é o responsável por criar estampas exclusivas, que remetem às belezas de Alagoas, além de frases de estímulo, otimistas e divertidas.
"A personalização dos nossos presentes era feita com artes baixadas da internet e a maioria delas, pirateadas. Até que recebi uma mensagem de uma artista alertando que eu estava usando as estampas dela sem autorização e que eu tomasse cuidado. Comecei a fazer meus próprios desenhos e caligrafias autorais e hoje é nosso principal diferencial, a exclusividade das nossas estampas", conta Allan.
Produtos da Mimorável são exclusivos e autorais
Arquivo pessoal
O próximo passo foi convencer os clientes de que valia a pena personalizar os itens com as estampas e frases da marca. Mãe e filho conseguiram, aos poucos, criar uma conexão com o consumidor através da aproximação e da humanização do negócio.
A analista de relacionamento do Sebrae, Michely Vieira, explica que o público está cada vez mais aberto a esse tipo de experiência.
"O mercado entende que se trata de uma busca pela personalização, ou seja, o produto e o serviço podem ser customizados de acordo com a memória que deseja evocar, o sentido que pode ser acessado, gerando mais resultados e melhores vendas, a partir dessa conexão com o emocional".
Produtos que despertam os cinco sentidos.

A dupla usa as redes sociais para criar essa proximidade. Lá, eles falam sobre dificuldades, mostram bastidores, processo de criação, compartilham pequenas vitórias no dia a dia e até desabafam. As imagens usadas são caprichadas e o consumidor se sente atraído pelas sensações transmitidas que despertam a vontade de cheirar, tocar, acolher e sentir as peças, criando vínculos com o cliente.
Segundo Michely, essa estratégia de marketing sensorial rende bons resultados. É possível estimular os cinco sentidos e criar uma conexão emocional mais forte com uma marca.
"Essa estratégia pode ser usada para aumentar as vendas do negócio e conectar seus clientes a sua marca, a partir da memória afetiva e do pertencimento. Oferecer novas experiências pode ser uma das formas de estabelecer esse diferencial de mercado", explica a especialista.
"A Mimorável começou no meu quarto pequeno e depois passamos para a garagem para ter mais espaço", disse Allan
Arquivo pessoal
Desafios e dificuldades
A marca tem seis anos de existência. Começou como Microempreendedor Individual (MEI) e hoje se classifica como microempresa, porque aumentou o faturamento. O caminho percorrido foi longo. Com o aumento das vendas, eles decidiram abrir uma loja física. "Mas foi um erro que ficamos sustentando por 2 anos. Abrimos a loja sem planejar os gastos e sem analisar o público que iríamos vender. Nos 2 anos de loja física, não entraram nem 50 clientes, mas as vendas no digital, crescia constantemente. Até que decidimos voltar para casa, onde continuamos crescendo".
"É bem comum pensar que a medida que a gente cresce um negócio, os problemas vão sumindo. Mas não! A verdade é que os problemas sempre vão aparecer, não importa se você empreende há 2 anos ou há 20 anos. A diferença entre o sucesso e o fracasso do negócio é como a gente reage às dificuldades", disse Allan.
A analista do Sebrae reforça a importância de buscar orientação e conhecimento, para que o negócio não se perca diante das dificuldades. "É essencial elaborar um plano de negócio detalhado. Esse documento será um norteador para que o empresário possa indentificar qual caminho deve seguir e quais desafios serão encontrados nesse caminho", disse Michely.
Rumo ao mercado da moda
O próximo passo do negócio familiar é levar as estampas autorais para peças de roupas. Eles querem entrar no mercado da moda com a mesma pegada afetiva.
"Nós vamos unir o mundo dos presentes ao mundo da moda, mantendo os nossos valores afetivos e autorais. Iremos investir em novos maquinários, para trazer novos produtos. Planejamos uma costura de peças que transmitam sentimentos e que as pessoas possam vestir esses sentimentos", contou Joelma.

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