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Maceió,04/12/2024

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Ropa: entenda método de fertilização feito por Ludmilla e Brunna

A cantora e a dançarina anunciaram a gravidez de seu primeiro filho juntas no sábado (9)

gazetaweb.com
Ropa: entenda método de fertilização feito por Ludmilla e Brunna Ludmilla e Brunna Gonçalves anunciaram gravidez de seu primeiro bebê durante show do "Numanice 3". Instagram/Ludmilla
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A cantora Ludmilla, 29, e a dançarina Brunna Gonçalves, 32, anunciaram a gravidez do primeiro bebê juntas no sábado (9), durante show da turnê “Numanice 3”, em São Paulo. Em entrevista ao Fantástico, exibida no domingo (4), elas contaram que o bebê foi concebido por fertilização in vitro.

Na conversa, o casal contou que escolheu o método Ropa, sigla para “recepção de oócito da parceira”. Nesse tipo de fertilização in vitro, uma das mulheres tem seus óvulos fecundados por um espermatozoide doador e a outra mulher recebe os óvulos em seu útero e, portanto, será a gestante. No caso, Ludmilla teve seu óvulo fecundado com esperma doado, que foi implantado em Brunna.

“Nesse método, as duas participam do processo: uma fornecendo os óvulos e a outra fornecendo o útero para que a maternidade possa ser completa e conjuntamente compartilhada com as duas”, explica Fernando Prado, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, à CNN.

Dessa forma, no método Ropa, o bebê terá a carga genética de uma das mulheres — a que doou os óvulos — e será gerado por outra. É possível realizar alterações epigenéticas nos óvulos para que a criança tenha características da mãe que ficou grávida também.

“Mas se fizermos um teste de DNA, ele vai dar 99,9% compatível com a mãe que fornecer os óvulos, porque a epigenética está mais relacionada com as características de personalidade, dom artístico, gosto por algum tipo de alimento e, até mesmo, traços físicos, mas não pode ser detectado em um teste de DNA”, explica Prado.

O método Ropa pode ser indicado em dois casos: por escolha do próprio casal ou por recomendação médica, se uma das mulheres apresentar alterações nos ovários ou risco de doenças hereditárias.

O que é fertilização in vitro?

A fertilização in vitro é um método de reprodução assistida em que o óvulo é fecundado em laboratório e inserido no útero.

“Nele, nós obtemos óvulos de uma mulher e, após uma estimulação no ovário para conseguir o maior número de óvulos, fertilizados no laboratório, seja pela técnica de fertilização in vitro tradicional — em que você coloca óvulos e espermatozoides no mesmo lugar e deixe que a fertilização ocorra espontaneamente — ou pela técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides no óvulo, em que um espermatozoide é injetado diretamente em um óvulo maduro”, explica Roberto de Azevedo Antunes, diretor médico da FERTIPRAXIS – Centro de Reprodução Humana e diretor da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), à CNN.

No Brasil, a reprodução assistida de casais homoafetivos é legalizada desde 2015. No caso de casais homoafetivos do sexo feminino, o processo é feito com a doação do sêmen, de forma anônima.

Já entre os casais do sexo masculino, é necessária a doação do óvulo e a cedência temporária do útero por uma mulher, conhecida como barriga solidária, que deve ser feita por uma mulher que tenha ao menos um filho vivo e pertença à família de um dos parceiros, com parentesco consanguíneo de até 4º grau.

A fertilização in vitro é diferente de inseminação artificial, ou inseminação intrauterina, em que a indução de ovulação é feita em uma paciente e, no momento da ovulação, o sêmen é depositado no colo do útero através de um cateter.

“Na inseminação intrauterina, usamos um hormônio para fazer com que os folículos se rompam, liberando os óvulos. A ovulação acontece 36 horas após o uso dessa medicação e então o sêmen doado é colocado em um cateter (tubinho de plástico flexível) que, por sua vez, é introduzido no colo do útero da paciente para inserção dos espermatozoides na cavidade uterina”, explica Prado.

“A partir daí todo processo é natural: os espermatozoides irão nadar até as tubas uterinas, encontrar os óvulos, fertilizá-los e desenvolver os embriões, que, depois, irão implantar o útero, levando à gravidez”, acrescenta.

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