Padrasto é preso por torturar e obrigar criança a comer próprias fezes
A Polícia Civil também descobriu que a criança já havia sido obrigada a ingerir fezes e frequentemente era trancada sozinha em banheiros

Um homem foi preso em flagrante pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) suspeito de torturar a enteada de apenas quatro anos. Segundo as investigações, o padrasto submetia a criança a sessões prolongadas de tortura, com requintes de sadismo. A vítima teve o intestino perfurado e chegou a ingerir as próprias fezes como forma de castigo por um suposto mal comportamento. O agressor, identificado como Israel Lima Gomes, de 25 anos, foi preso neste sábado (17/5), na zona oeste do Rio.
Mães presentes no hospital pediátrico acionaram a polícia ao se depararem com a criança bastante ferida no momento em que ela deu entrada na unidade de saúde. A mãe da vítima precisou de proteção para evitar um possível linchamento por parte das outras genitoras presentes. Em depoimento, a responsável pela criança negou qualquer agressão à filha por parte dela ou do companheiro.
Contudo, no decorrer das investigações, a análise das mensagens trocadas entre ela e Israel revelou que ele impunha castigos físicos como método de “educação”. Em uma das mensagens, ele afirmou: “Ela é forte porque estou moldando ela na dor. Fica fraco quando é só amor”. A frase causou indignação entre os investigadores, que classificaram o conteúdo como “evidente prática de tortura”.
A Polícia Civil também descobriu que a criança já havia sido obrigada a ingerir fezes e frequentemente era trancada sozinha em banheiros escuros. As agressões, segundo a investigação, eram constantes e disfarçadas com justificativas como quedas ou acidentes.
Israel possui duas anotações criminais por violência doméstica e importunação sexual, incluindo um relato de que ele se exibiu nu para uma criança de 12 anos. No momento da prisão, ele não resistiu e negou ter agredido a enteada, referindo-se a ela como “amorzinho”. A criança permanece internada, entubada e em estado grave, correndo risco de morte.
COMENTÁRIOS