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Maceió,06/05/2024

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Em corte de Justiça, escritora que diz ter sido estuprada por Trump o chama de mentiroso na cara dele

g1.globo.com
Em corte de Justiça, escritora que diz ter sido estuprada por Trump o chama de mentiroso na cara dele

O juiz distrital dos EUA Lewis Kaplan, que está supervisionando o caso, já decidiu que Trump difamou Carroll em 2019 e que Trump abusou sexualmente dela, forçando seus dedos em sua vagina. Julgamento de Donald Trump por estupro chega a reta final
A escritora americana E. Jean Carroll esteve em uma corte de Justiça nesta quarta-feira (17) e disse a jurados nesta quarta-feira (17) que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump destruiu a reputação dela ao negar, em 2019, que ele a havia estuprado décadas atrás. Ela disse que, por isso, ele deveria pagar uma indenização. A escritora disse isso na frente de Trump: ele estava na mesma sala de audiência que os jurados.

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"Estou aqui porque Donald Trump me agrediu e, quando escrevi sobre isso, ele disse que nunca havia acontecido", disse Carroll no tribunal federal de Manhattan, em seu segundo processo civil contra Trump. "Ele mentiu, e isso abalou minha reputação", afirmou ela.
Trump está presente na corte porque ele quer testemunhar.
Trump toma bronca do juiz
O ex-presidente foi repreendido pelo juiz na sala.

O magistrado afirmou que Trump estava falando muito alto, e que os jurados o ouviram durante o testemunho da escritora.
De acordo com a advogada da escritora, no meio do depoimento dela, Trump falou: “É uma caça às bruxas, é uma fraude”.
O juiz disse para Trump se controlar. “Senhor Trump, você tem direito de estar presente aqui, esse direito pode ser retirado se você for disruptivo e se você desrespeitar as ordens da corte. Eu espero que não tenha que te excluir do processo. Eu entendo que provavelmente você está muito disposto a que eu faça isso”, afirmou o juiz.
Entenda o caso
Em maio passado, a Justiça ordenou que Trump pagasse US$ 5 milhões (R$ 24,67 milhões) a Carroll. Para o júri que tomou a decisão, ele havia abusado sexualmente de Carroll, uma ex-colunista da revista Elle, em um vestiário da loja de departamentos Bergdorf Goodman. Além disso, ele a difamou, em 2022, negando que algo tivesse acontecido.
No julgamento desta quarta-feira (17), Carroll pede pelo menos US$ 10 milhões (R$ 49,34 milhões) em indenizações compensatórias adicionais, além de indenizações a título de punição.
O juiz distrital dos EUA Lewis Kaplan, que está supervisionando o caso, já decidiu que Trump difamou Carroll em 2019 e que Trump abusou sexualmente dela, forçando seus dedos em sua vagina.

O julgamento de quarta-feira diz respeito às declarações de Trump em junho de 2019 (nessa época ele estava na Casa Branca) de que ele não conhecia Carroll e que ela o chamou de estuprador para aumentar as vendas de seu então novo livro de memórias.
Eleições nos EUA
O julgamento se tornou um dos pontos de polêmica da candidatura de Trump à Casa Branca em 2024, com Trump usando sua plataforma Truth Social para criticar Carroll mesmo após o início do julgamento.
Trump, 77 anos, tem usado com frequência seus problemas legais para reunir apoiadores e arrecadar dinheiro. Ele afirma para seus seguidores que os casos na Justiça são uma perseguição política.
Ao ser questionada por sua advogada Roberta Kaplan, que não é parente do juiz, Carroll disse que os comentários de Trump atrapalham a reputação da escritora de que ela diz a verdade em seus textos e a expuseram instantaneamente a ataques on-line.
"Fui atacada no Twitter, fui atacada no Facebook, fui atacada em blogs de notícias, fui brutalmente atacada em mensagens", disse Carroll.
Carroll disse que, antes do caso, recebia 200 cartas por mês de leitores em busca de conselhos, e agora recebe oito.
Ela também disse que os ataques não diminuíram.
"Ontem eu abri o Twitter e ele dizia 'ei, senhora, você é uma fraude'", disse Carroll. "Agora sou conhecida como mentirosa, fraudulenta e maluca."
O Twitter agora é conhecido como X. Trump também chamou Carroll de maluca.
Sem adiamento para o velório
A equipe jurídica de Trump argumentou que Carroll permitiu ser criticada ao acusar Trump de má conduta sexual e sofreu danos apenas por "coisas maldosas" que as pessoas publicaram nas mídias sociais.
Eles também disseram que Carroll se beneficiou da baulação dos apoiadores que ela recebeu e da atenção dos veículos de comunicação.
"Independentemente de alguns tuítes maldosos, a Sra. Carroll é agora mais famosa do que jamais foi em sua vida, e amada e respeitada por muitos, o que era seu objetivo", disse a advogada de Trump, Alina Habba, em sua declaração de abertura.
Espera-se que o julgamento dure de três a cinco dias.
Antes do depoimento de Carroll, Habba, a advogada de Trump, teve um diálogo áspero com o juiz Kaplan, que rejeitou seu pedido para adiar o julgamento na quinta-feira, para que Trump pudesse comparecer ao velório de sua sogra, na Flórida.
O juiz disse a Habba: "Não ouvirei mais nenhum argumento sobre isso. Nenhum. Você entende essa palavra? Por favor, sente-se".
Trump é réu criminal em outros quatro processos na Justiça. ELe se declarou inocente nos quatro casos, incluindo dois que alegam que ele tentou anular sua derrota nas eleições de 2020 para o democrata Joe Biden.




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