"JHC fracassou na política para educação": protesto marca 10º dia da greve em Maceió
O protesto promovido pelo SINTEAL denunciou a necessidade de reajuste de salários, falta de estrutura nas unidades escolares e ausência de diálogo com a gestão municipal

"JHC fracassou na política para educação. Infelizmente temos diversos problemas. Ta aí a sociedade para ver. Falta vagas, falta ônibus, falta valorização e só temos problemas na educação", declarou o presidente do sindicato da categoria, Izael Ribeiro, em entrevista ao Jornal de Alagoas durante o protesto que marcou o 10º dia de greve da educação de Maceió realizado em frente à sede da Prefeitura, no bairro de Jaraguá, nesta quinta-feira (15).
Izael criticou a o que ele classificou como a "falta de governabilidade" para definir os problemas relacionados ao setor. Segundo ele, o secretário de educação Victor Braga, até consegue manter um diálogo com os servidores, mas é incapaz de resolver os reais problemas vivenciados pelos profissionais da área na capital alagoana.
O sindicalista cobra a valorização dos profissionais e o reajuste salarial com base no piso de magistério. "Queremos condições de trabalho, concursos públicos, PAE-AEs [auxiliares de sala] para as nossas escolas para que possam auxiliar os alunos com deficiência. São diversos pontos que estão pendentes", relatou.
A principal reivindicação da categoria é o reajuste do piso salarial dos profissionais do magistério. Além de outras questões estruturais e de gestão cobradas pelos grevistas.

Andréia Lima, de 51 anos, professora também presente na manifestação, afirmou que falta governabilidade por parte da prefeitura para lidar com as demandas da educação. “Falta comando. A gente não consegue resolver questões básicas porque não há organização nem articulação. O secretário até tenta negociar, mas tudo fica preso entre acordos mal resolvidos e promessas não cumpridas”, criticou.
A servidora também apontou dificuldades relacionadas ao transporte escolar, atraso nos pagamentos, falta de pessoal e ausência de materiais básicos para o funcionamento das escolas.
“Falta tudo. Tem problema com o transporte, os salários estão atrasados, não temos pessoal suficiente, nem materiais. E quando a gente tenta cobrar, dizem que está tudo no prazo, tudo certo. Mas a realidade nas escolas é o oposto, um verdadeiro caos",
A professora fala que a educação é um interesse de poucos e precisa das pessoas que a fazem para viabilizar o papel transformador da educação. "Todo mundo precisa se engajar, não só nessa pauta, mas também em todas as outras que vão fazer com que a educação nesse município tenha qualidade", concluiu.
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